DEIXA QUE TE MOSTRE A CLARIDADE
Deixa que te mostre a fina claridade,
que floresceu no meu mundo de ilusões,
que já não sou a triste “divindade”,
que carregas em redomas de paixões.
Hoje, deixa que te mostre a luz do dia,
na tela onde pintei a humildade,
traz na alma os acordes duma sinfonia,
que ilumina o Universo, em fim de tarde.
E se ela alegra os dias mais sombrios,
nos espíritos mais tristes e mais frios,
sossega-a e dá-lhe os versos dum poema.
Diz-lhe que o sol é quente em toda a parte
Que a Terra se reergue em cachos de arte
Que cheira a vento..., a mar... e a alfazema...
Manuel Manços