OS OLHOS PARA ALÉM
“A saga do poeta”
Há sempre um horizonte que o espera
No brilho de uma estrela sedutora,
É o Sonho do poeta que pondera
Em cada passo uma nova aurora.
As margens do caminho são estreitas
E limitam por vezes os seus olhos
Mas suas convicções são escorreitas
Ainda que rodeadas de mil abrolhos.
Subsiste um “para além” que o atrai,
Num tempo gémeo do seu próprio querer
E, ao subir a montanha, o poeta vai
Em busca daquela luz que o faz crescer.
É, ele mesmo, o paladino da sua “arte”
Feita de poemas, com pezinhos de lã,
E o trepar esse Alverne já faz parte
Da saga de um Parnaso de amanhã.
Esses “olhos para além” dão-lhe a sua meta
Na alma de uma Musa que o faz Poeta!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA